Dentre as boas práticas em serviços eletrônicos que já citamos aqui, uma que tenho especial admiração é a de utilizar a internet para a avaliação de serviços públicos.
Iniciativas como as do Patient Opinion, exemplo recorrente quando o assunto é inovação em governo, trazem aos gestores públicos a luz no caminho de aumentar a participação e a transparência da gestão na vida da população. Entretanto, apesar da facilidade de implantação dessas práticas, há uma reconhecida resistência, quer pela exigência de preparo da infraestrutura burocrática, quer pela aparente satisfação com atuais métodos de avaliação dos serviços governamentais.
Se os governos brasileiros adotassem iniciativas semelhantes, iniciando pela educação, o que teríamos ? A curto prazo, o desespero de dirigentes diante da demanda por melhores condições de aprendizado e ensino; a médio prazo, o envolvimento de pais, alunos e professores na gestão escolar; a longo prazo, um ensino decente, não atrelado a fornecimento de livros e merendas, mas comprometido em preparar gerações para o comando técnico e especializado que o país já sente a falta e ainda se agravará em breve.
A OCDE - Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico classifica o ensino público da Holanda em 9o. lugar, enquanto o Brasil amarga a 54a. posição no mesmo ranking. Não é preciso esforço para imaginar qual país tem melhores condições de futuro a longo prazo.
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