Há cerca de dez dias, assisti, na Globonews, o programa “Entre Aspas”, comandado pela jornalista Mônica Waldvogel, que discutiu o processo, nada tranqüilo, da chegada ao mercado de trabalho da Geração Y, nome dado ao contingente de pessoas nascido do final dos anos 80 ao final dos anos 90. O programa teve a participação dos especialistas em recrutamento Luiz Carlos Cabrera, “headhunter” e professor da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, e Sofia Esteves, Presidente da DMRH.
O desafio central, discutido no programa, está em como conciliar a maneira de trabalhar das grandes organizações, moldada em cima de hierarquias rígidas, profusão de departamentos, restrição à criatividade, só para citar alguns dos traços que ajudaram a construir a era industrial, com os anseios de jovens que vivem em uma sociedade caótica, globalizada na qual as novas tecnologias são utilizadas de forma tão intensa e natural em seus processos de aprendizagem, relacionamento e lazer que dificultam a percepção, por parte deles, mesmo nas menores faixas de renda, que já houve mundo sem Internet.
Por conta dessas características, o local de emprego é a praça de guerra onde esses conflitos vêm a tona de forma mais marcante. Observem que o mesmo olhar angustiante que o antigo profissional averso à inovação tem ao se deparar com um microcomputador em sua measa é encontrado entre os nativos digitais ao observar carimbos e caixinhas de entrada e saída de documentos.
Esse embate não vai ser fácil e o resultado ainda é nebuloso. Um aspecto, no entanto, ficou evidente pelo relato dos especialistas. Nessa luta, as organizações vão ter que mudar mais do que os jovens ingressantes. O motivo é surpreendentemente simples. Esse novo funcionário é também o novo fornecedor, o novo consumidor (para a empresa privada) e o novo cidadão (para os governos de uma forma geral). Eles estão atacando de todos os lados.
Outra informação bastante sugestiva, mostrada no programa, diz respeito ao processo seletivo desses jovens. Já há entidades mais antenadas que utilizam a montagem de blogs e a realização de vídeos para recrutar pessoas. Esse é um bom começo. O mais difícil será incorporar essas práticas no dia a dia da organização, pois isso envolve mudança de processos, por vezes centenários.
No caso particular do governo de São Paulo, esta questão merece um exame ainda mais aprofundado, na medida em a idade média dos funcionários públicos paulistas se aproxima dos 50 anos, o que sugere uma crescente incorporação de jovens ao longo dos próximos períodos.
Como servidor público e imigrante digital preocupado com esses desafios, fiz aqui uma consolidação das principais características destes jovens, com base no que assisti no “Entre Aspas”.
O desafio central, discutido no programa, está em como conciliar a maneira de trabalhar das grandes organizações, moldada em cima de hierarquias rígidas, profusão de departamentos, restrição à criatividade, só para citar alguns dos traços que ajudaram a construir a era industrial, com os anseios de jovens que vivem em uma sociedade caótica, globalizada na qual as novas tecnologias são utilizadas de forma tão intensa e natural em seus processos de aprendizagem, relacionamento e lazer que dificultam a percepção, por parte deles, mesmo nas menores faixas de renda, que já houve mundo sem Internet.
Por conta dessas características, o local de emprego é a praça de guerra onde esses conflitos vêm a tona de forma mais marcante. Observem que o mesmo olhar angustiante que o antigo profissional averso à inovação tem ao se deparar com um microcomputador em sua measa é encontrado entre os nativos digitais ao observar carimbos e caixinhas de entrada e saída de documentos.
Esse embate não vai ser fácil e o resultado ainda é nebuloso. Um aspecto, no entanto, ficou evidente pelo relato dos especialistas. Nessa luta, as organizações vão ter que mudar mais do que os jovens ingressantes. O motivo é surpreendentemente simples. Esse novo funcionário é também o novo fornecedor, o novo consumidor (para a empresa privada) e o novo cidadão (para os governos de uma forma geral). Eles estão atacando de todos os lados.
Outra informação bastante sugestiva, mostrada no programa, diz respeito ao processo seletivo desses jovens. Já há entidades mais antenadas que utilizam a montagem de blogs e a realização de vídeos para recrutar pessoas. Esse é um bom começo. O mais difícil será incorporar essas práticas no dia a dia da organização, pois isso envolve mudança de processos, por vezes centenários.
No caso particular do governo de São Paulo, esta questão merece um exame ainda mais aprofundado, na medida em a idade média dos funcionários públicos paulistas se aproxima dos 50 anos, o que sugere uma crescente incorporação de jovens ao longo dos próximos períodos.
Como servidor público e imigrante digital preocupado com esses desafios, fiz aqui uma consolidação das principais características destes jovens, com base no que assisti no “Entre Aspas”.
Creio que caberá ao governo como um todo e às diversas unidades de recursos humanos, em particular, examinar em profundidade esse perfil e definir estratégias para que, ao chegar ao setor público, a energia e o idealismo dessa garotada sejam utilizados em toda a sua potencialidade. Problemas a serem enfrentados não faltarão.
Quem quiser assistir a íntegra deste programa, clique aqui.
E, terminando, para os que quiserem saber um pouco mais sobre os aspectos culturais que marcam as diferentes gerações, recomendo, aos que ainda não o fizeram, a leitura, aqui mesmo no iGovBrasil, da matéria postada pelo Álvaro, Vídeo República e Vídeo Monarquia. Do mesmo Álvaro, já agora no iGovSaber, vale a pena conferir, também, a postagem sobre nativos digitais.
Comentários