Há menos de duas semanas passou quase sem efeito por nós o Plano Obama para a Saúde, com notícias um tanto complexas sobre o que de fato significa esse plano como movimento de inovação, quase caindo no mesmismo de governantes que sempre tentam inovar nessa área e acabam com minúsculos avanços, quando muito.
O próprio presidente americano reconheceu que a iniciativa não era inédita, mas derradeira e redentora, ao dizer em seu discurso ao congresso americano:"Eu não sou o primeiro presidente a abraçar esta causa, mas estou determinado a ser o último'', arrancando aplausos daquela casa, exceto do congressista republicano Joe Wilson, da Carolina do Sul, que gritou: "Você mente'' que mais tarde, arrependido, foi pedir desculpas públicas ao presidente.
Mas o que de fato nos interessa, como inovação em governo nesse episódio, está associado à atitude de Obama quando explicou que o projeto irá custar US$ 900 bilhões ao longo de dez anos, acrescentando que a verba representa ''menos que as guerras do Iraque e do Afeganistão".
Essa capacidade de dizer o que pensamos é uma característica corajosa de Obama mas, não sem fundamentação na sociedade.
Lembram-se do brainstorm promovido pela Casa Branca, que comentamos aqui ? Pois foi de lá que esta frase de menos guerra e mais saúde surgiu, uma contribuição de um cidadão americano ao megabrainstorm de junho colocou uma idéia, pouco votada, mas o suficiente para que o mote apoiasse o plano, que já fazia parte da campanha presidencial.
Outra atitude digna de nota e título deste post, é algo que venho debatendo no iGovSaber a respeito de tornar a complexidade compreensível.
Alguns discursos do presidente Obama, principalmente aqueles que correspondem a propostas e que possuem características complicadas ao entendimento comum, acabam sendo cuidadosamente editados e disponibilizados no blog da Casa Branca numa versão simplificada e mais compreensível ao cidadão. É uma ótima utilização do blog e do canal de vídeo, longe da publicidade cabotina, com foco na necessidade do cidadão em compreender, sem delongas.
Assista a seguir o que foi feito com o discurso sobre a proposta de Saúde, numa edição nominada The Obama Plan in Four Minutes.
Comentários
1. Todos os residentes dos Estados Unidos devem ter acesso livre ao sistema de saúde por toda a vida.
2. todas as empresas de seguros devem ser abolidos
3.empresas farmacêuticas devem ser rigorosamente regulamentada como de utilidade pública.
Idenpendente das promessas, que ainda são só promessas, o fato de construirmos um diálogo com o governo de forma simples e acessível é um sinal de evolução.
A única crítica é não podermos comentar no blog da Casa Branca, felizmente no igovBrasil "Yes, We can".
Ponto positivo para nós!
Ainda bem que podemos comentar aqui, mesmo.
Uma das inúmeras vantagens está no que acaba de acontecer: você postou um comentário que me deu vontade de co-autorar este post com você.
Aliás, já está co-autorado, não é mesmo ?
Aceite meu grato abraço,
Alvaro Gregorio