Muito além da modernidade, é hora de comentarmos os efeitos que a banda larga gratuita, como serviço de governo, associada à mobilidade, são capazes de proporcionar aos habitantes de uma cidade, em termos de educação, cultura, emprego e desenvolvimento regional.
Em Portugal, na região do Minho, o município de Braga já está integrado ao projeto Cidades e Regiões Digitais, equipado com uma vasta rede de fibra ótica e 30 hotspots wi-fi banda larga de acesso gratuito pela população, na denominada Braga Digital.
Pois é em Braga que fica a Escola Secundária Carlos Amarante, uma típica escola pública de segundo grau, onde trabalha a docente Adelina Moura, professora de português e francês. O que faz de especial a Profa. Adelina ? Usa a tecnologia a seu favor, ou melhor, a favor de seus alunos.
No lugar de proibir o uso de celulares e iPods em sala de aula, Adelina compôs um programa de aprendizagem com mobilidade (m-learning), denominado Geração Móvel, no qual disponibiliza na internet e em plataforma móvel as tarefas dos alunos, incluindo produção e publicação de vídeos, desafios para os grupos em rede e o destacado conteúdo em mp3 de suas aulas. Os alunos descarregam esses conteúdos em seus mobiles e os assistem posteriormente como reforço didático.
Parece acanhada a proposta, mas acompanhe os links deste post e considere que todos os recursos utilizados são gratuitos, colaborativos e sem patrocínios. Some-se ainda alguns resultados como diminuição de repetência e do absenteísmo.
Retiro de uma entrevista da Profa. Adelina ao Jornal de Notícias, um resumo interessante: "Em casa, podem ouvir tudo a partir da Net ou do telemóvel ou MP3. E podem ir passear e, pelo caminho, ouvir os textos e as explicações da professora. O objectivo é aprender numa sala sem muros e numa disciplina sem horários".
Há também uma matéria em vídeo publicada nesta segunda-feira pela RTP - Rádio e Televisão Portuguesa.
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